O velho
"Um Velho de ouro com um relógio de luto
Resmungando em suspiros sobre a vida de um minuto.
Vinham os reis, padres e frades
E perguntavam-no o porquê de tal luto resoluto.
O velho de ouro os respondeu
Escondeu um agouro e depois se rendeu
Disse que o mundo estava perdido
Mal dito isso e já fazendo pedido.
O tal velho era um sábio
Com um relógio de luto quebrado
Previa o futuro mas sempre havia um 'furo'
E por isso ficava com cara de tacho
Xingando sempre o relógio de chato.
O Tempo
O tempo se desfaz
Liquefaz, e se des-traz
Ao aveço do arabesco
Ele se faz e desfaz
Como débil e tenaz
Liquefaz, e se des-traz
Ao aveço do arabesco
Ele se faz e desfaz
Como débil e tenaz
Voa com o vento
Vai entre ruídos
Vai e voa em paz
Dizem, nada mais.
Dizem, nada mais.
Porém,
No leito do rio
E no cântigo do dia
Ele jaz.
O tempo se desfez
Voou com o orvalho
Inexistente na sina
De retornar ao fim da vida.
Pois o vento suspira:
Inexistente na sina
De retornar ao fim da vida.
Pois o vento suspira:
O tempo se é
Nada será, nada foi
Jamais voltará, jamais.
Nada será, nada foi
Jamais voltará, jamais.
Noite
É noite
nada acontece
o vento rui
mas o tempo para.
O menino sem coração
Chove
Ele procura
Com uma bicicleta
Na rua de pedra
Seu Coração.
Encontra-o
No chão
Chora prantos em vão
Logo vai partir
Logo vai sumir
Logo, sem amar
E Fim.
PS: Hoje eu matei quantas pessoas? D: ainda bem que o meu blog é vazio