É necessário fazer um minuto de luto, de zelo
Daí escrevemos um bilhete para um Eu futuro
Veja, besta, rito tolo, mas compensa.
Regresso em dez tons, ca-den-ci-an-do
Matizes de tempo vão c l a r e a n d o
Até o alvo da meia noite, da zero hora.
E aquele bilhete cheio de tralha em lista, comemorando
É memorando de última hora para uma hierarquia do agora.
Timbre da instituição, número do memorando
Depende da idade que está guardando
Remetente: o presente (em breve, ausente)
Destinatário, ninguém sabe, mas preenche-se sob codinome:
"Anoquevem"
Depois o memorando é esquecido nas gavetas
E - com os fógos - no abraço de outrem.
E - com os fógos - no abraço de outrem.