Há sob o céu uma legenda
Que espreguiça-se sobre o dorso de domingo
As nuvens fazem-se cinzas como a rua
Sustentadas pelos gélidos condomínios
É verão, Jão, é verão
Mas é dezembro, deserto membro ébrio
Desmembrado sobre o firmamento dos domingos
Dezembrado, endomingado, esquecido.
Límpido limbo faz do dia intervalo
Entre o vale, resvalo morto, melindroso passado
E árvores de um vindouro de ouro, planalto.
"Vem ano novo", avizinha-se o comentário
E veste brando em vestes brancas,
Retira esperança do armário.
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