domingo, 26 de janeiro de 2014

Bom Bordô

A bombordo há um bombardeio
Bom bordô, caravela, grande barco
Emborca-se a bordo do bravio mar
Que ciranda em rodeios
Que valsa gardênias
E a girândola flamejante em anil
Incendeia átrios ao navegar.

Nave marítima, corsária, tenta negar,
As correntes que a levam a mar, ao mar
Bordejar, estirar-se ao timão tenta
Sem tino, ó destino, a nave não se sustenta.

E bordeja, briosa, borbulha
E emborca-se nas profundezas agudas
Do amor que toma da madeira sua cor.

Mar torna-se bordô, rouge, barroco vívido
Nau pincela-se azul anil, cerúleo límpido

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